Autocomposição, um bom negocio?
É comum que empresas autuadas por infrações ambientais se deparem com a possibilidade de obter até 60% de desconto no valor da multa por meio de acordos de conversão em serviços ambientais. A oferta parece tentadora, mas pode esconder armadilhas financeiras significativas. Ao aceitar o acordo, o infrator assume obrigações de compensação florestal que, na prática, podem gerar custos muito superiores ao valor original da multa.
Por isso, é essencial compreender os riscos ocultos e buscar uma defesa técnico-jurídica adequada. Neste artigo, mostramos como evitar armadilhas legais e financeiras e explicamos a importância de envolver engenheiros ambientais e advogados desde o início do processo.
Quando uma empresa é multada por dano ambiental, é comum que receba do órgão ambiental a opção de converter parte da multa em serviços ambientais, via autocomposição. A proposta vem com um grande atrativo: até 60% de desconto. Em vez de pagar o valor integral em dinheiro, a empresa pode “quitar” parte da multa realizando projetos de preservação ambiental.
Porém, esse abatimento pode custar caro. A conversão da multa em serviços impõe obrigações como reflorestamento, manutenção de áreas de conservação, regularização fundiária ou outras medidas compensatórias com custos elevados e exigências técnicas rigorosas.
Além disso, para aderir ao programa, o autuado geralmente precisa renunciar ao direito de defesa administrativa e judicial. Ou seja, aceita a infração e suas consequências sem contestação.
Um dos principais pontos críticos nos acordos de desconto é a compensação florestal. Exemplo prático: uma empresa desmatou ilegalmente 50 hectares. Ao optar pela conversão da multa, é exigida a recuperação de 100 hectares, seguindo o critério 2x1. O custo para restaurar 100 hectares pode ultrapassar, com folga, o valor economizado na multa, chegando a ser três ou quatro vezes maior.
Esse tipo de exigência é previsto em legislações estaduais, como em Goiás, onde há imposição de compensação ambiental proporcional e cumulativa, incluindo a recuperação ecológica e a doação de terras. O resultado: um custo ambiental e financeiro muito superior ao imaginado no momento da decisão.
Recuperação florestal: custo elevado por hectare
Servidão ambiental: perda definitiva de área produtiva
Monitoramento técnico: acompanhamento por anos
Documentações e licenças: processos burocráticos e onerosos
Muitas empresas tentam resolver a situação apenas com apoio jurídico, esquecendo a dimensão técnica da infração ambiental. Isso é um erro grave. A ausência de documentos técnicos como laudos ambientais, PRADs ou mapas pode fragilizar a defesa e gerar desconfiança dos órgãos fiscalizadores.
Uma defesa eficaz precisa ser multidisciplinar. Ao unir argumentos legais com dados técnicos (como ações de recuperação já iniciadas, cessação do impacto e planos de mitigação), a empresa demonstra boa-fé, responsabilidade e capacidade de reparação, o que facilita negociações e reduz penalidades.
Ignorar a dimensão ambiental da infração é um convite para a intervenção do Ministério Público. Ao identificar que o dano não está sendo reparado de forma adequada, o MP pode instaurar um Inquérito Civil e propor um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), com exigências mais duras que a autuação original.
Caso o TAC não seja aceito, o MP pode mover uma Ação Civil Pública exigindo a recuperação total da área degradada e a indenização pelos danos ambientais. Nessa situação, os custos são imprevisíveis e o controle sobre a resolução do caso sai das mãos da empresa.
Na Solis Consultoria, aplicamos uma metodologia diferenciada, unindo conhecimento ambiental e juridico para criar defesas integradas pensando na melhor opção para o cliente. Isso significa que cada caso é tratado de forma técnica e legal, com foco na regularização ambiental e na redução de prejuízos.
Neste caso, auxiliamos em :
Regularizar por meio de licenças ambientais
Negociar uma compensação florestal por meio de servidão ambiental
Auxilio para quitar debitos de infração
Evitar judicialização e intervenção do Ministério Público
Esse resultado só foi possível com o trabalho conjunto de advogados e engenheiros, garantindo viabilidade técnica, segurança jurídica e economia no processo.
Se sua empresa enfrenta multas ou embargos ambientais, não adie a solução. Cada dia de inércia pode transformar um problema simples em um passivo ambiental milionário. E não caia na armadilha do desconto ilusório: sem avaliação técnica, você pode aceitar uma proposta aparentemente vantajosa e comprometer suas finanças por anos.
Entre em contato com a Solis Consultoria. Nossa equipe especializada oferece orientação técnica e jurídica personalizada, para garantir que sua decisão seja segura, legal e economicamente viável.
Seu passivo ambiental tem solução – e começa com uma escolha inteligente hoje.
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